O LAAA/UFS pretende levantar informações em diferentes fontes, localizar e documentar, por meio do registro arqueológico sistemático, os sítios arqueológicos subaquáticos, obedecendo, para isso, as regras propostas pelo Anexo da Convenção da UNESCO para a Proteção do Patrimônio Cultural Subaquático, de 2001.
O LAAA pretende também divulgar ao grande público o conhecimento produzido sobre esses sítios, e, quando possível, musealizar os mesmos para o turismo cultural subaquático in situ, ou permitir, por meio da documentação sistemática dos sítios, a reconstrução virtual dos mesmos para os visitantes que não mergulham. Buscando assim, o envolvimento das pessoas com o patrimônio cultural subaquático.
De maneira geral os objetivos são:
a) Localizar e estudar, por meio da pesquisa arqueológica subaquática sistemática, os sítios já visitados e pilhados por mergulhadores.
b) Produzir conhecimento sobre esses sítios arqueológicos através da análise e interpretação in situ da cultura material presentes nesses locais, com a participação dos estudantes de Arqueologia e áreas afins da UFS e de mergulhadores recreativos voluntários, de acordo com o Anexo da Convenção da UNESCO para Proteção do Patrimônio Cultural Subaquático, de 2001.
c) Qualificar estudantes de Arqueologia, pesquisadores de outras áreas e mergulhadores voluntários para as etapas de campo, por meio de cursos acadêmicos regulares e/ou de cursos de extensão de Introdução à Arqueologia Subaquática.
d) Desenvolver programas de educação a distância em Arqueologia de Ambientes Aquáticos (extensão, especialização, etc.) por meio do CESAD – Centro de Educação Superior a Distância/UFS, complementados por aulas práticas presenciais.
e) Interagir com as pesquisas de outras áreas do conhecimento, de outros departamentos, realizadas junto aos ambientes aquáticos.
f) Interagir, dentro do próprio Departamento de Arqueologia e do programa de Pós-graduação em Arqueologia da UFS (Mestrado e Doutorado), com as pesquisas realizadas nos sítios arqueológicos localizados em superfície, que se encontram junto aos ambientes aquáticos.
g) Tornar acessível ao público em geral, por meio da divulgação nos mais diferentes meios de comunicação, os resultados parciais e finais das pesquisas. Assim como, organizar a visitação orientada e guiada de turistas aos sítios arqueológicos durante as etapas de campo, e, através do Museu de Arqueologia de Xingó (MAX), exposições fotográficas e videográficas sobre as pesquisas realizadas e em andamento.
h) Desenvolver programas de Educação Patrimonial, por meio da produção de material didático (cartilhas, livros, CDs, vídeos documentários, entre outros) que destaquem o tema. Assim como, a realização de cursos, palestras e conferências no Brasil e no exterior; e a organização de seminários sobre a temática.
i) Desenvolver mecanismos de gestão e proteção dos sítios arqueológicos estudados para as gerações futuras, para serem utilizados como modelos de proteção ao patrimônio cultural subaquático brasileiro, constantemente ameaçado de destruição pela ação antrópica inescrupulosa.
j) Localizar e documentar os artefatos retirados dos sítios arqueológicos, por mergulhadores locais, antes da realização deste Projeto.
k) Desenvolver programas de colaboração internacional segundo a recomendação da Convenção da UNESCO, de 2001, para a realização de pesquisas em restos de naufrágios de outras nacionalidades, como Portugal, França, Holanda, Espanha, entre outros.